Abandona-os!

Abandona-os!

“Um monge se apresentou frente ao Buda oferecendo-lhe duas imensas árvores em flor que, graças aos seus poderes mágicos, levava nas mãos. O Buda lhe
disse:
-Abandona-os!
O monge deixou cair a árvore que sustentava com sua mão direita.
-Abandona-os!
Então o monge deixou cair a árvore que sustentava com sua mão esquerda.
-Abandona-os! Insistiu o Buda.
– Não tenho nada que largar, que queres que eu faça?
E o Buda contestou:
– Jamais te disse para abandonar as árvores em flor; o que dizia era que abandonasse seus órgãos dos sentidos e tua consciência discriminativa.
Quando tiveres abandonado tudo isso e já não restar nada que possas abandonar[1], estarás liberado dos laços do nascimento e da morte.”
[1] No zen, os mestres ensinam que nesse momento é preciso abandonar mesmo a idéia de ter que abandonar algo.