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Portugal: Parlamento condena violação dos Direitos Humanos no Tibete
Lisboa, 17/07 – O Parlamento Português vai debater sexta-feira, na última sessão antes das férias de Verão, uma petição que pede a condenação da violação dos Direitos Humanos e da Liberdade Política e Religiosa no Tibete.
A petição que será sexta-feira debatida, com cerca de 11.000 assinaturas, foi entregue a 7 de Abril deste ano ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
Segundo a lei, uma petição com mais de 4.000 assinaturas é obrigatoriamente discutida em plenário da AR.
A União Budista, o Grupo de Apoio ao Tibete e a Casa da Cultura pretendem que a Assembleia da República (AR) pressione o governo chinês para permitir o livre acesso dos Media ao Tibete e acabar com as violações dos Direitos Humanos no território.
O texto da petição recorda a “revolta contra a ocupação chinesa” do Tibete, em Março de 1959, que levou à saída do líder espiritual dos tibetanos, Dalai Lama, para o exílio na Índia, assim como a discriminação de que os tibetanos são alvo em relação aos “imigrantes chineses”.
Em declarações à imprensa local em Maio passado, após uma reunião com a Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros e comunidades Portuguesas, o presidente da União Budista Portuguesa (UBP) afirmou ter-lhe sido comunicado que “haveria vontade política de todos os grupos parlamentares, com excepção do PCP”, para aprovar uma moção.
Segundo o presidente da UBP, apesar da “aparente abertura” das autoridades chinesas, que iniciaram negociações com representantes do governo tibetano no exílio, “o Tibete continua fechado e decorrem intensas campanhas de reeducação patriótica, sobretudo nos mosteiros”.
Lembrou a repressão dos protestos no Tibete, que iniciaram-se a 10 de Março, adiantando que continuavam a chegar informações de alguns protestos e mais detenções. Cerca de 200 mortos e mais de cinco mil detenções, desde aquela data foi o balanço indicado por Paulo Borges.
“A comunidade internacional deve exigir à China que cumpra o compromisso de Abrir todo o território aos Media, tal como comprometeu-se para obter a realização dos Jogos Olímpicos em Pequim”, salientou Paulo Gomes.
A violação dos direitos humanos na China foi ainda tema do encontro da mesma delegação da Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros com a Amnistia Internacional Portugal.
As activistas da AI-Portugal pediram aos deputados para “pressionar o governo chinês”, escrevendo “uma carta ao primeiro-ministro, Wen Jiabao” para que a China assine a moratória da pena de morte e que aprovem “uma moção de repúdio em relação ao aumento da repressão generalizada na China”.
fonte:http://www.angolapress-angop.ao/noticia.asp?ID=635065