Não existe a ego-entidade

Não existe a ego-entidade

(Continuação) No meio da assembleia estava o venerável Subhuti: “venerável Subhuti ergueu-se, descobriu o ombro direito”, por isso também usamos o manto com o ombro descoberto, essa é uma demonstração de respeito, “depois ajoelhou-se e solicitou a Buda que os instruísse sobre quais critérios eles deveriam agir e como deveriam corrigir seus pensamentos”. Isso é muito interessante para nós, porque vocês se sentam em zazen com suas mentes, seus pensamentos e devem agora, depois de algumas sessões de zazen, estar pensando: “eu estou fracassando, não consigo nada”. Buda disse: “muito bom, Subhuti, o Tathagata está sempre atento a todos os bodhisattvas, protegendo-os e os instruindo bem. “Agora escuteis e guardeis minhas palavras no coração, eu irei declarar-vos quais critérios os bons homens e as boas mulheres que buscam a realização do incomparável esclarecimento devem agir e como eles devem corrigir seus pensamentos”. Então, Buda continua: “Subhuti, todos deveriam disciplinar seus pensamentos do seguinte modo: por mais vastos, incontáveis e imensuráveis que sejam os números dos seres que tenham sido liberados, em verdade nenhum ser foi liberado. Por que é assim? É assim porque nenhum bodhisattva, que seja um real boshisattva, aprecia a ideia de uma ego-entidade, uma personalidade, um ser ou uma individualidade separada”. (Continua)