O Zen é um método para a iluminação. Seria melhor dizermos que somos um método e não uma religião, porque não nos julgamos donos de alguma verdade, ou exclusivamente certos e nem os Mestres, o Sensei ou os veteranos, são pessoas especiais. O que eles podem dar é apenas o conhecimento de sua experiência pessoal, mas o Zen não tem gurus ou pessoas divinas a serem reverenciadas. Quando fazemos reverência para os professores, não fazemos reverência para eles, mas sim para o manto que estão vestindo e a linhagem que recitamos de manhã. É isto que quem porta a linhagem representa. Ele, como pessoa, não passa de uma pessoa comum. Acho bem importante ressaltar, porque o culto da personalidade não é uma coisa boa para o Zen, pois não é libertador. Não quero que jamais os alunos percam seu senso crítico: despido das vestes, do manto e do Koromo, o professor é um homem nu. É isto. Não diferente de nenhum de nós.