Como foi o Hanamatsuri



Hanamatsuri – A Festa das Flores
A exemplo de outras capitais brasileiras, que tem a presença de uma colônia japonesa, Florianópolis terá agora o evento turístico chamado Hanamatsuri, uma festa em que se comemora o nascimento de Buda e que enche um local com uma feira de artes e acontecimentos culturais, que foram se acumulando pelos séculos, e que hoje fazem parte da vida de muitos brasileiros.
O Templo DaissenJi, localizado sobre o restaurante Daissen, na Praça Getúlio Vargas, conhecida como Praça dos Bombeiros, juntamente com a colaboração da Associação Nipo Catarinense, desencadeou um acontecimento, que ocorreu dia 9 de abril, sábado durante todo o dia e que tem tudo para integrar permanentemente o calendário turístico da cidade.
Simultâneamente as pessoas que vieram ao Hanamatsuri tiveram a oportunidade de descobrir que o fundador do budismo, não é representado por um senhor gordo e risonho, encontrado em muitas lojas e que erroneamente é chamado de “Buda” , podem descobrir que esta imagem popular é de uma espécie de papai noel oriental, que distribui doces às crianças, chamado de Po Tai na China e de Ho Tei no Japão.
O verdadeiro Buda Shakyamuni, mestre criador do budismo, apareceu então com sua representação tradicional, compleição esguia, sentado em meditação, com a aparência da mais perfeita tranquilidade e paz, não um profeta, ou deus, ou um salvador, mas um homem que despertou das ilusões, avesso à crenças, insistiu que os homens podem acordar de seu sonho por seus próprios meios, e ele era apenas um mestre, desejando indicar o caminho da libertação.
Passeando na praça em meio aos numerosos estandes das mais diversas artes, crianças e adultos puderam ver como se forja uma espada japonesa, como se dobram origamis e seus pássaros da paz feitos em papel dobrado, puderam faze-los e envia-los com bons desejos às vítimas do terremoto japonês, tiveram a oportunidade de aprender sobre a cerimônia do chá, ou comer susshis na hora do almoço, ouvir demonstrações de Taiko, a orquestra de tambores, ou ver as antigas artes marciais orientais sendo demonstradas, em meio ao entusiasmo da juventude fantasiada dos Animês.
Uma festa de cores e cultura, com aspectos de coisas já profundamente integradas aos hábitos brasileiros, às vêzes sem que sequer saibamos a sua origem, é que 6535 anos atrás nasceu um homem que mudou a história de grande parte da humanidade criando uma religião que pode ter sido vítima de guerras, mas que jamais promoveu nenhuma.
Monge Genshô